John Chapter 18
The Gospel of John, by its form, stands apart from the other three. John organizes his message by focusing on seven signs that point to Jesus as the Son of God. His literaly style is reflective and full of images and figures.
Almeida Recebida 1848
18 : 1 Tendo Jesus dito isto, saiu com seus discípulos para o outro lado do ribeiro de Cedrom, onde havia um jardim, e com eles ali entrou.
18 : 2 Ora, Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque muitas vezes Jesus se reunira ali com os discípulos.
18 : 3 Tendo, pois, Judas tomado a coorte e uns guardas da parte dos principais sacerdotes e fariseus, chegou ali com lanternas archotes e armas.
18 : 4 Sabendo, pois, Jesus tudo o que lhe havia de suceder, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
18 : 5 Responderam-lhe: A Jesus, o nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, também estava com eles.
18 : 6 Quando Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.
18 : 7 Tornou-lhes então a perguntar: A quem buscais? E responderam: A Jesus, o nazareno.
18 : 8 Replicou-lhes Jesus: Já vos disse que sou eu; se, pois, é a mim que buscais, deixai ir estes;
18 : 9 para que se cumprisse a palavra que dissera: Dos que me tens dado, nenhum deles perdi.
18 : 10 Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco.
18 : 11 Disse, pois, Jesus a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não hei de beber o cálice que o Pai me deu?
18 : 12 Então a coorte, e o comandante, e os guardas dos judeus prenderam a Jesus, e o maniataram.
18 : 13 E conduziram-no primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
18 : 14 Ora, Caifás era quem aconselhara aos judeus que convinha morrer um homem pelo povo.
18 : 15 Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
18 : 16 enquanto Pedro ficava da parte de fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira, e levou Pedro para dentro.
18 : 17 Então a porteira perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Respondeu ele: Não sou.
18 : 18 Ora, estavam ali os servos e os guardas, que tinham acendido um braseiro e se aquentavam, porque fazia frio; e também Pedro estava ali em pé no meio deles, aquentando-se.
18 : 19 Então o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
18 : 20 Respondeu-lhe Jesus: Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se congregam, e nada falei em oculto.
18 : 21 Por que me perguntas a mim? Pergunta aos que me ouviram o que é que lhes falei; eis que eles sabem o que eu disse.
18 : 22 E, havendo ele dito isso, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote?
18 : 23 Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se bem, por que me feres?
18 : 24 Então Anás o enviou, maniatado, a Caifás, o sumo sacerdote.
18 : 25 E Simão Pedro ainda estava ali, aquentando-se. Perguntaram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou, e disse: Não sou.
18 : 26 Um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no jardim com ele?
18 : 27 Pedro negou outra vez, e imediatamente o galo cantou.
18 : 28 Depois conduziram Jesus da presença de Caifás para o pretório; era de manhã cedo; e eles não entraram no pretório, para não se contaminarem, mas poderem comer a páscoa.
18 : 29 Então Pilatos saiu a ter com eles, e perguntou: Que acusação trazeis contra este homem?
18 : 30 Responderam-lhe: Se ele não fosse malfeitor, não to entregaríamos.
18 : 31 Disse-lhes, então, Pilatos: Tomai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe os judeus: A nós não nos é lícito tirar a vida a ninguém.
18 : 32 Isso foi para que se cumprisse a palavra que dissera Jesus, significando de que morte havia de morrer.
18 : 33 Pilatos, pois, tornou a entrar no pretório, chamou a Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus?
18 : 34 Respondeu Jesus: Dizes isso de ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?
18 : 35 Replicou Pilatos: Porventura sou eu judeu? O teu povo e os principais sacerdotes entregaram-te a mim; que fizeste?
18 : 36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui.
18 : 37 Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
18 : 38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? E dito isto, de novo saiu a ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.
18 : 39 Tendes, porém, por costume que eu vos solte alguém por ocasião da páscoa; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?
18 : 40 Então todos tornaram a clamar dizendo: Este não, mas Barrabás! Ora, Barrabás era um ladrão.